quarta-feira, 16 de julho de 2008

Manhãs frias


Nestas manhãs frias, o meu "desejo" de permanecer sob as cobertas é maior. Claro, nisso não há nenhuma novidade. Noites e manhãs mais tênues, com o metabolismo desacelerado. Esperar o porvir, o "acontecer". Ainda que herdando as desestabilizações e preocupações do dia anterior, nos atemos ao fio de esperança que nos dará o sentimento de que o dia que começa será melhor. Tudo será melhor de alguma forma, e esse "tudo" requer forças descomunais sem intervalos para descanso, todos os dias. Nossa luta recomeça, não termina, achamos que com o sono, nos sonhos, nos libertamos dessa verdade, mas apenas estamos nos atendo ainda mais a ela, só que de uma forma mais positiva, pelo menos é o que diz o "desejo" que emparelha as horas que dividimos com a "existência". "Tudo" está aqui, assim como o "acontecer" será rotina, sejam frias ou mornas as madrugadas; a "existência" nos permite pensar sobre o que poderá ser feito para que não sejamos somente "desejo". Debaixo das cobertas, o sono se estabelece outra vez, dali onde posso ver o mar...

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