sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Hibernação e a Necessidade

O período de 2 meses sem nenhum post neste blog foi proposital, necessário. Há um turbilhão de pensamentos deslizando pelos meus neurônios, outras mil necessidades advindo de mim para explodir em meus músculos para as ações, nem sempre eficazes. Dezenas de fotografias desajustadas necessitando de algum reparo, não do photoshop, mas da lembrança fulgaz, que seja esta então canonizada ao panteão mítico da lembrança eterna, pra se valer a pena de registrar pelo obturador, guardar-se dentro de mim.
Tão necessário quanto o ajuste é a percepção das mesmas necessidades, das novas, das antigas.
Hemisfério Sul, uma ducha gelada pra libertar os radicais ideais amortizados sob a cabeleira, deixar-se um pouco à vontade só para poder começar a entender um pouco do "inexorável" (palavra tão desnecessária e calculada) que nos rodeia.
No calor superficial, não há necessidade de hibernar, mas na frieza colateral das idéias e dos acontecimentos, necessitamos da reflexão, sem tempo definido.
A volta é o dia indefinido; a indefinição a necessidade da incoerência de se viver e de se manter justo.