quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano-novo

Há vários modos de se dizer “bom-dia, querido, feliz ano-novo”, pois é, assim, eu gostaria de que pudessem ser as coisas, simples e objetivas. Ah, se assim fosse, e não fosse o pretérito perfeito do subjuntivo do “ser”, da complacência do existir de um indivíduo – e a minha existência não é pândega, nem patusca – eu não sei se sou mais algo que denominam como “indivíduo”, se nesta nova década que se inicia a individualidade parece ser algo dos demônios, tosco e brutal para o qual lutar e desejar.

“Uma seara nova, hiperbólica” para os novos tempos... É a repetição do que eu já escrevera em outra oportunidade com a intenção de valer para as novas oportunidades que virão no correr dos dias e de nossas gloriosas lutas com os próprios dias.

“Bom-dia, amor, feliz ano-novo”. Simples, cômodo para os meus ouvidos, para a minha espécie que sabe que tudo é velho neste mundo de novidades abruptas, insensatas; mas o querer de coisas novas neste mundo velho não é exclusividade minha, mas o meu particular desejo de que a década, os anos, os meses sejam outros na sereníssima realidade de ser o que sempre foram, apenas realistas e parte de mim.