sábado, 27 de novembro de 2010

Cantaloupe

Aloha! Ele torce pro Avaí, porque curte a cultura havaiana. Anda engraçado com a sua cúspide trangalhandança, doce tal qual mel, então, se tens diabetes, vás com calma!

Ele tem uma alma que o deixa longe da desalmadez. Ele é quente e não esquenta com nada. Tem amor, não tem amora. Mesmo com dor, não vai embora. Burila na cuca as estórias mais bonitas da história. Ele é um servo do verso. Um garoto maroto que gosta de lorota.

Ele não deixa boas impressões, talvez por causa do toner da impressora. Tonifique-a!

Pra Mangaratiba, meu rei, já voei.
Em Paraty já me hospedei.
Para ti o meu coração doei.
E não doeu, viu?
Garbosa, fastuosa, menina gostosa.

Por acaso a nectarina é uma tangerina com muito néctar ou o meu pomo-de-adão não está no Gênesis? Mas nem o Gênesis está com o Phill Collins. E o Phill Collins não está com a canção. E a canção está no samba. Então é samba-canção! Eu estou no samba-canção.

Vou andando contra o furacão, sem Kleenex, sem RG, no sol de quase dezembro, eu vou...

Tomo uma tubaína; danço com uma bailarina; como um gomo de tangerina. E os nenúfares raivosos me provocam: bum! chuá!

Deus, colha chuva pra uma arvorezinha de sombra. Colha e acolha.

Ele é quente e não esquenta com nada.

O redemoinho levou as redes e o moinho... Como vamos pescar? Como vamos moer? Vamos morrer? Vamos nada...

Ele respirava solto naquela docível noite do mar do norte. O peito cheio e o coração vazio. Havia uma mácula dentro, que o tempo era soldado raso pra lutar. A luz dele não podia amanhar agora, se ele não tem sono e só ganha arrepio.

Há um ar só naquele quarto, na casa. E o tempo é soldado raso pra lutar...

O gelo vem do céu pra sossegar o tédio. O calor vem do chão pra tramar as brigas pela vida de amanhã, de amanhã e de amanhã.

Ele quer um jazz profile e ouve Cantaloupe; e faz gestinhos com os dedos imitando tocar uma bateria no ar. A bateria não está lá mas a vizinhança ouve bem o tralhadar dos pratos e a gravidade dos bumbos. Direitinho: ouve sorrindo.