Um Passeio Repentino

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Marcelo Maia: São Paulo, SP, Brazil; Como podem ver, nasci no mesmo ano de Goethe. No entanto, não o conheci. Li a "Metamorfose das Plantas" logo que traduzido para o francês (nesta época não sabia o alemão), e a achei mais significativa do que a safra novelesca "Werther" e "Afinidades..." Botânica teria a ver mais comigo do que qualquer outra coisa, mas optei por homenagear árvores e batatas de outra forma. Não deixam de ser plantas. A primeira (grande vegetal lenhoso, cujos ramos saem a certa altura do tronco), com impávia, imponente, dá-nos muito mais do que só sombras. A segunda é um tubérculo, uma raiz (Solanun Tuberosum), rica em carboidrato. Plantas importantes. Hoje a batata reina na Europa, onde, no princípio da exploração dos andinos pelos homens de lá, teve resistência, quase não vingou. Mas por que agora falo das batatas? Não era sobre mim que teria de dizer? Sim. Mas é que não tenho nada a dizer sobre mim, a não ser que prefiro falar de marmêndoas ou do Gineceu (a parte feminina) das plantas. Agora, pra mim é mais gratificante comer batatas.

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