Hoje, o mundo despede-se de um indivíduo recluso, avesso a todos aqueles que buscam saber mais sobre o que o faz ser quem ele é: o que ele escreveu.
Mas Holden Caulfield continua. Atormentado, ainda aguardando uma resposta sobre as coisas mais elementares da vida - mal ele sabe que a resposta é a própria vida. E é vida, no âmbito material, que Jerome David Salinger agora não é, mas, mais do que nunca, é pura literatura, ainda que esta confunda-se com a vida de maneira a deixar-nos confusos e não saber o que é uma e o que é outra.
No seu rancho, do seu rancho, por seu rancho Salinger nos apresentou a perturbância de Holden Caulfield, e como essa não cessaria, a não ser com a abstinência do que citei: vida.
Como diz Otto Maria Carpeaux, "as obras de vanguarda apenas são lidas pela vanguarda". Pois Apanhador no Campo de Centeio (Catcher in the Rye) começou assim, com uma tiragem limitadíssima antes de ser descoberta - tal qual outras da literatura norte-americana e mundial - como uma joia. Agora, o campo de centeio espraia-se para o vasto espaço em corações que ainda tentam suprir uma carência que eles mesmos ainda não sabem qual é.
No meu modesto conceito, o Apanhador é muito menos do que dizem e muito maior do que propriamente é. Um "romance da inocência", parafraseando novamente Carpeaux.
Sigo o curso das páginas, de uma ou outra linha, e mais páginas, pontos e exclamações, até que vem aquela interrogação. O que tantos estes caracteres tem a ver comigo? Na real, nada. É que me caracterizo, de literatura em literatura, de rua em rua, para aprender um pouquinho mais daquilo que preciso.
Salinger se foi, como Hesse também. Mas basta esticar o braço até a estante para alcançar as metáforas de Emil Sinclair e de Holden Caulfield, ou se perder para a morte na casuística sonífera vida de um contador de estórias.
Antes de agradecer a Salinger e Hesse, agradeço às palavras, estas as pontes, fios interconectores de uma verdade de um presente contínuo.
O melhor Salinger não estava nem em Caulfield, mas nas pequenas estórias.
Mas Holden Caulfield continua. Atormentado, ainda aguardando uma resposta sobre as coisas mais elementares da vida - mal ele sabe que a resposta é a própria vida. E é vida, no âmbito material, que Jerome David Salinger agora não é, mas, mais do que nunca, é pura literatura, ainda que esta confunda-se com a vida de maneira a deixar-nos confusos e não saber o que é uma e o que é outra.
No seu rancho, do seu rancho, por seu rancho Salinger nos apresentou a perturbância de Holden Caulfield, e como essa não cessaria, a não ser com a abstinência do que citei: vida.
Como diz Otto Maria Carpeaux, "as obras de vanguarda apenas são lidas pela vanguarda". Pois Apanhador no Campo de Centeio (Catcher in the Rye) começou assim, com uma tiragem limitadíssima antes de ser descoberta - tal qual outras da literatura norte-americana e mundial - como uma joia. Agora, o campo de centeio espraia-se para o vasto espaço em corações que ainda tentam suprir uma carência que eles mesmos ainda não sabem qual é.
No meu modesto conceito, o Apanhador é muito menos do que dizem e muito maior do que propriamente é. Um "romance da inocência", parafraseando novamente Carpeaux.
Sigo o curso das páginas, de uma ou outra linha, e mais páginas, pontos e exclamações, até que vem aquela interrogação. O que tantos estes caracteres tem a ver comigo? Na real, nada. É que me caracterizo, de literatura em literatura, de rua em rua, para aprender um pouquinho mais daquilo que preciso.
Salinger se foi, como Hesse também. Mas basta esticar o braço até a estante para alcançar as metáforas de Emil Sinclair e de Holden Caulfield, ou se perder para a morte na casuística sonífera vida de um contador de estórias.
Antes de agradecer a Salinger e Hesse, agradeço às palavras, estas as pontes, fios interconectores de uma verdade de um presente contínuo.
O melhor Salinger não estava nem em Caulfield, mas nas pequenas estórias.