terça-feira, 2 de março de 2010

O camisa 10 da Gávea




Estou no solo onde o esporte bretão se desenvolveu como em nenhum outro. As minhas cores são três - vermelho, preto e branco. No entanto, não é de Friedenreich, Leônidas (O Diamante Negro), Dario Pereira de que venho falar. Nenhum daqui das cercanias paulistas. Mas lá da Gávea, em terras fluminenses. De um Galinho de Quintino que se tornou o maior ídolo da apaixonada torcida do Flamengo. Quem gosta de cinema e futebol se embebeda assistindo ao Canal 100, onde um rapaz franzino desfilou um modo de jogo ímpar na futebolização do Brasil, na futebolização de todos os futebóis. Uma cornucópia que enchiam olhos, bolas, gramados e estádios. Ângulos até então ainda não explorados pelas transmissões comuns de televisão juntavam algo como um "balé futebolístico" apresentado nas suas nuances, detalhes aliados a uma narração dramática, romântica. Assim era o futebol que eu não vi e de que sei apenas através dos documentos midiáticos, arquivos e as imagens antes quase inacessíveis que a web nos regala. E o "Galinho" tem agora uma estátua no Maraca, um voleio reproduzindo as lembranças de suas peripécias no gramados.

E Jorge e Zico, o que dá? Jorge, a poética do canal 100 e Zico canalizam o enredo de uma herança de uma melancolia herdada dos lusitanos, nostalgia que nos dirá que o passado sempre será melhor que o futuro. E vemos "o jogo". Vencemos "o jogo"?

Às imagens não há expiação; ao jogo ainda menos, e o que não transcende perece no mero documental. Os milhares de indivíduos aplaudem: não se rendem, ainda que seja a rede de sua agremiação a estufada.

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É falta na área. Adivinha quem vai bater?

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