quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Notizbuch (Carderno de Anotações)

Der Baum ist Kahl - Herbstzeit.

Das Video hat mir (gut) gefallen. Das Video war mit zu alt.

Ich habe heute zu mittag Bohnen gegessen.

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Aquele par de par de pernas erodiu minha erudição.

Aquelas meninas cantarolavam; aquelas mulheres falarolavam; não aguentei, gritei "As amo!"

Na noite anterior, com a cabeça no travesseiro, espocou-me uns pensamentos mais leves do que os do dia. A noite mais do que boa, dava a verdadeira chance de pensar. "Se setembro chegar, como minha cabeça vai funcionar?" Mas setembro vai mesmo chegar, as horas do vento soprar, as das amoras no asfalto explodirem. "Haverá fruta." "Vai dar mais."

Meninocas aquelas meninas. Compadeço do meu não conhecimento sobre elas, sobre o mundo que mexe comigo e desativa minhas entranhas. Uma música mais do que uma música só para me levantar de verdade, desanuviar a vista e fortalecer o pulmão. Encho-o de ar. Vou pra briga. Cerro os punhos. Franzo o cenho. Entorto a boca. Mostro os dentes. Saliva constante. Outro concerto rege a minha paciência ou sintoniza a demência que nutre a minha consciência. Estou com sorte. Mais ou menos desvio a minha visão para as meninas. Me acertam em cheio. Não caio. Não saio. Estou firme ainda. Meninocas aquelas, nada sei de nada delas. Levo outro cruzado no queixo. Cuspo sangue e dente. Mas não temo. Fogo nos olhos como o "demo". Não penso. Grito forte e alto. Ceguei os ouvidos e ensuderci as circulações, quando corri para preparar o golpe que seria o único, o primeiro e derradeiro. Deixei cair a vergonha, desmoronei-me na ideia e acertei-o junto à fronte. Minhas mãos sentiram a pressão nos ossos do choque dos materiais orgânicos que se imbecilizavam perante uma plateia. Sonorizou-se pelo ar um uivo médio de dor que vinha do outro lado de lá. Um desmaio súbito. Não me movi. Só o vi por uma fração depois de acertá-lo. Dei as costas e ouvi a queda. A queda. Fenomenal. Ele não morreu. Apenas parou. Eu continuei. Olhei de novo para as meninas. Nem estavam mais lá. Hão de esconder-se logo no clímax de minha gestão. Me falaram. Sumiram. Com os supercilhos inchados voltei pra casa; sabendo desde já que o amor próprio avultava muito mais que os mexidos nos estômagos feitos por um bonito par de pernas.

No meu altar, peço a meu Pai que olhe por mim, me endireite, me acentue e que me temporize das blasfêmias que meu coração possa dizer por mim, ou possa ferir em mim. Sem cicatriz, só um tanto exausto, agradeço as graças do bom Pai. Severino mas justo.

"O Senhor concedeu-me a verdade."

Um comentário:

Joana disse...

Ai, como compadeço
Exausta
Mas como sem?
Não há