Domingo que ameaça. Novo arranjo de "Sem Você". E a garoa voltou. As deságuas me disseram qual é a cidade. O ônibus chegou. A borracha - chiii - frigia criando linhas de águas que se recompunham e voltavam a empoçar o meio-fio. Depois. O ônibus tinar para o destino. Um pouco quieto, soluçante, das águas na cabeça, das imprevistas umidades. A garoa engrossou. É bem chuva. É bem o que a cidade quer. Atenuar as sinapses fervidas da semana. Domingo pra descansar.
Céu tão plumbeado, tão bonito mas não tão chumbo quanto as calças que sustiam ainda muita água. Gotículas observadas de dentro mas que já se entendesse bem que seria melhor estar lá fora, para o batismo das deságuas, da primavera fria, da avenida vazia que rivalizava com os cães que destroçavam os sacos de lixo para ver de quem será o dia. Era cedo mas já era meio noite. Os postes granulavam luz nas passagens. O dia camuflado, mas pra descansar.
Havia uma resga do ilumino que não era iluminado pelo sol. Não era além. Não era que. A avenida esticada está a minha frente, com o finito só na mente, por conhecê-la, já, mas por vê-la, porque ia num horizonte esquisito pra longe, como para um caminho novo, ainda que atravessasse-o quase todos os dias. Atravessava-o, mesmo aos domingos. Domingo, camuflado, pra descansar.
O livro marcava pouco sentido quando sobre meu colo. Era o que era. Sono só. Só em sono. Uma pouca inquietude, que me impedia de desfrutar da leitura. O livro ficou sobre mim um bom tempo, até desistir. Eu dentro do ônibus, tentando imitar um descanso. Mas o dia começou fingido, com pompa. Aquela hora não era para estar ali: era para não estar ou estar com quem desejasse minha companhia ou com quem ninguém quisesse, mas só sabido era que não era para estar ali. Mas estava, num dia que, de descanso, não se podia descansar.
As feridinhas se recompõem, a pele melhora, a cabeça recebe mais oxigênio. Uma proteção. Um lembrar sortido atenua. Vivo as deságuas, a cidade, o ônibus. Até descer onde tem que estar. A tortuose é menor. Eu, maior. Camuflo-me, para embater as horas que me separam do descanso abolido. Mais tarde vou sorver força, tirar a camuflagem - a minha e a do dia - o dia era feito para libertos. Ainda sou um. Assim, sigo, entendo o caminhar, desviando das orquidáceas, dos seres estreitos, do dia para separar, para ornar os sentidos telúricos, lúdicos. Era só um domingo, de antemão, feito pra descansar.
Céu tão plumbeado, tão bonito mas não tão chumbo quanto as calças que sustiam ainda muita água. Gotículas observadas de dentro mas que já se entendesse bem que seria melhor estar lá fora, para o batismo das deságuas, da primavera fria, da avenida vazia que rivalizava com os cães que destroçavam os sacos de lixo para ver de quem será o dia. Era cedo mas já era meio noite. Os postes granulavam luz nas passagens. O dia camuflado, mas pra descansar.
Havia uma resga do ilumino que não era iluminado pelo sol. Não era além. Não era que. A avenida esticada está a minha frente, com o finito só na mente, por conhecê-la, já, mas por vê-la, porque ia num horizonte esquisito pra longe, como para um caminho novo, ainda que atravessasse-o quase todos os dias. Atravessava-o, mesmo aos domingos. Domingo, camuflado, pra descansar.
O livro marcava pouco sentido quando sobre meu colo. Era o que era. Sono só. Só em sono. Uma pouca inquietude, que me impedia de desfrutar da leitura. O livro ficou sobre mim um bom tempo, até desistir. Eu dentro do ônibus, tentando imitar um descanso. Mas o dia começou fingido, com pompa. Aquela hora não era para estar ali: era para não estar ou estar com quem desejasse minha companhia ou com quem ninguém quisesse, mas só sabido era que não era para estar ali. Mas estava, num dia que, de descanso, não se podia descansar.
As feridinhas se recompõem, a pele melhora, a cabeça recebe mais oxigênio. Uma proteção. Um lembrar sortido atenua. Vivo as deságuas, a cidade, o ônibus. Até descer onde tem que estar. A tortuose é menor. Eu, maior. Camuflo-me, para embater as horas que me separam do descanso abolido. Mais tarde vou sorver força, tirar a camuflagem - a minha e a do dia - o dia era feito para libertos. Ainda sou um. Assim, sigo, entendo o caminhar, desviando das orquidáceas, dos seres estreitos, do dia para separar, para ornar os sentidos telúricos, lúdicos. Era só um domingo, de antemão, feito pra descansar.
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